Resenha - A Seleção
- Gabriela Simões
- 16 de jun. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 27 de jun. de 2018

CLASSIFICAÇÃO FINAL: 8 Batatas Criatividade no conteudo - 6 Narrativa - 10 Desenvolvimento da historia - 7 Relaçoes entre personagens - 9 Personagem principal - 8,5 Personagens secundarias - 7,5 Coerencia historia - 8
Para começar fazendo um pequeno resumo da história, a Seleção é um dos eventos mais importantes do Reino de Illéa, onde trinca e cinco raparigas lutam pelo coração do príncipe, na esperança de uma delas se tornar a princesa de Illéa. Trata-se dum acontecimento onde todas as jovens entre 18 e 21 anos, de todas as províncias são convidadas a preencher um formulário, e 35 delas são seleccionadas para serem candidatas ao trono e casarem-se com o Príncipe Maxon.
O livro trata portanto um universo distopico, onde os Estados Unidos, devido à 4 guerra mundial, deixou de existir, passando a ter outro nome e outra organização, as castas, que vão do 1 ao 8, cada uma com a sua respetiva função, sendo os Um os mais altos e pertencentes à realeza. America Singer é uma Cinco, trabalha como artista e música, e o rapaz que gosta é um Seis, Aspen, o que torna a sua relação um amor proibido, pois sua mae anseia que ela case com alguém de casta mais elevada, e Aspen quer dar-lhe uma vida melhor, com tudo o que ela merece, precise até mais. Resumidamente, é isto.
Este é aquele livro que tem uma capa simplesmente linda, não tem como não quer comprar este livro só por esta capa maravilhosa que fica bem em qualquer foto e lindo demais na estante!
O conteúdo é igualmente lindo, fofo e muito arco íris a sair da minha boca enquanto lia (na tarde em que li, porque devorei o livro em horas!) Primeira impressão que tive ao ler foi : isto é o Hunger Games se o Hunger Games fosse lutar por um príncipe em vez de sobreviver. Isto nas primeiras 50 páginas depois comecei a ficar completamente envolvida pelo romance entre Maxon e America algo simplesmente delicioso por começar por crescer como uma amizade, algo que foi surgindo com o tempo e conseguimos perceber o porquê da relação de ambos.
O mesmo não acontece com Aspen, algo que achei mal da parte da autora pois sinto que ela não lhe está realmente a dar uma oportunidade de se destacar, das pessoas gostarem de o ver com a America, como se o tivesse descartado antes da 'corrida' ter começado. Não leiam este livro à espera que o universo das castas seja o foco, porque não é, nem os Rebeldes que irão aparecer no livro, isso é o pano de fundo do romance, apesar de ter importância, não é o ponto central deste livro. É um livro de aconselho para quem goste de romance, caso contrário, irão ficar decepcionados e acharão o livro uma seca, quando o conteúdo não é para vocês.

Não achei uma ideia muito original, como já disse lembrou-me os Jogos da Fome, (ainda que odeie comparar livros directamente, foi realmente o meu primeiro pensamento, especialmente por causa das castas, lembraram-me muito os Distritos), não houve nenhum momento em que fiquei boquiaberta, que fui apanha de surpresa, não é esse tipo de livro, por essa razão, dei 6.
Para quê falar da narrativa quando eu própria disse que li numa tarde? Comecei a ler e não parei, muito fácil e rápido, nota 10 sem dúvida alguma. A história tem um bom desenvolvimento, mas achei um lento nalgumas partes, a parte boa é haverem muitos diálogos, especialmente os diálogos entre Maxon e America, além que os Rebeldes pareciam estar lá para encher chouriços, não tiveram praticamente nenhuma relevância na história.
A relação entra as personagens só não leva nota 10 por causa da relação entre Aspen e America como eu já falei anteriormente; muito pouco explorada, quase como se não fizesse falta, estava lá simplesmente para America não puder rapidamente se apaixonar por Maxon, Aspen não tem profundidade nenhuma.
Adorei Maxon e America, contudo alguns pontos poderão ser melhorados e trabalhados no segundo e terceiro livro que quero MUITO ler (o segundo já li, em breve resenha também), como o egoísmo sentimental de America, que tem muito pouco em conta o que Maxon sente. As secundárias, foram pouca trabalhadas, não tiveram personalidades muito distintas, com expeção de duas. Os Rebeldes ainda não me fizeram muito sentido por essa razão dei 8 à coerência.
Recomendo este livropara quem gosta de romance!
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