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Resenha - A Elite

  • Foto do escritor: Gabriela Simões
    Gabriela Simões
  • 18 de jun. de 2018
  • 4 min de leitura

Atualizado: 27 de jun. de 2018


PONTUAÇÃO FINAL: 9 Batatas

Criatividade no Conteúdo – 7,5

Narrativa – 10

Desenvolvimento da História - 8,5

Relações entre Personagens - 10

Personagens Principais - 8,5

Personagens Secundárias – 9

Coerência da história dentro do universo – 9,5


Segundo livro da saga Seleção não desiludiu, na verdade, superou, deixando-me com o coração nas mãos!Tive muitas dúvidas ao longo de livro e sempre aflita com o que poderia acontecer; num momento parecia que estava tudo bem, novamente arco íris e felicidade por todo o lado, arco íris e amor, e noutro estava tudo ao contrário!

Para quem já leu o primeiro -  quem não leu faz favor de ir ler e ler também a resenha que já está aqui no blog - sabem que acabou com America Singer dividida entre Maxon e Aspen. Eu estava à espera de neste segundo ter a oportunidade de conhecer um pouco melhor Aspen, pois ele não teve muita oportunidade de aparecer no primeiro sem ser no início e no final, e no início não entendemos a relação deles, sabemos que gostam um do outro, mas pouco mais isso é adiantado. Contudo, e para minha tristeza, ele parece nem ser uma opção para America e certamente não uma opção para o leitor, porque, apesar de aparecer mais do que no primeiro, a sua personagem não tem qualquer profundidade, falta-lhe muita personalidade. Chega a ser chato! A sua personalidade praticamente não é explorada, somente os pontos negativos, quase como se ele não estivesse ali a não fazer nada, a não ser fazer espaço e isso foi o maior ponto negativo deste livro, para mim. Queria ter tido a oportunidade de conhecer Aspen um pouco melhor e isso continuou a não acontecer; ele está no livro, mas ao mesmo tempo, a sua contribuição é praticamente nula. Não acrescentou praticamente nada à história, serve só para não ser óbvio que America prefere Maxon - ao contrário de Twilligth e Hunger Games, creio que não podemos afirmar que exista Team Aspen e Team Maxon, não seria nem uma luta justa. 

Neste segundo livro, temos as ultimas 6 raparigas, a Elite, todas a lutar por Maxon, contudo ele só tem olhos para America, quer casar com ela o mais rápido possível, quer leva-la ao quarto da princesa, fazer mil e uma coisas por ela, tudo para a fazer feliz. Mas algo muda. Um gesto pode mudar o jogo por completo, e America não sabe o que quer. Não sabe se é feita para o cargo de princesa. Acima de tudo isso, está o Rei, que a desdenha tanto que até doí. 

A razão pela qual adorei este livro foi pelo desenvolvimento das personagens e das suas relações (vamos esquecer Aspen por um bocadinho). Adorei como America e Maxon tem ambos defeitos e qualidades, como ambos conseguem fazer escolhas erradas, discutirem, serem tão 'humanos' e no fundo completarem-se um ao outro. Tudo isso torna-os muito mais reais, o modo como o seu relacionamento cresceu, deixando de ser um conto de fadas mas sim um amor real, onde se veem os defeitos de um e outro e aprende a lidar com as suas imperfeições e modos diferentes de ver o mundo e enfrentar problemas.

Mesmo como pessoas individuais, vamos descobrindo mais sobre eles: o seu sofrimento, a vida que levaram, o que realmente importa a cada um, o que procuram um no outro e os seus ideais. Os Rebeldes, infelizmente, continuam a ser só pano de fundo... somente na última cena de todas é que ocorreu algum desenvolvimento, porque de resto, praticamente nada é adiantado. Espero haver mais ação no próximo volume, e uma melhor explicação de quem são os Rebeldes e o que querem eles. Apesar dos Rebeldes não terem sido devidamente explorados, o universo distópico envolvente teve algum: descobrimos mais sobre o passado daquele país e como chegou aquele ponto. Achei essa parte particularmente interessante.  Fiquei super ansiosa para o próximo volume e espero sinceramente que acabe do modo que eu quero! 

Novamente, a ideia não é algo muito inovador, trata-se dum universo distópico, melhor explorado neste livro, mas ainda assim, nada que me tivesse deixado completamente em êxtase, apesar de ter tido algumas melhorias em relação ao primeiro volume. A narrativa não podia ter menos de 10 pontos, tendo em conta que li o livro num só dia (numa tarde na verdade): o tempo que demorei a ler os dois livros não faz 24h horas, por isso posso dizer que é bastante fácil e rápido. O desenvolvimento da história foi bom, gostei muito e melhorou em relação ao primeiro, mas não consegui dar nota mais alta devido aos Rebeldes. Precisam de ser mais explorados, muitas perguntas ainda não foram respondidas e se essa parte existe no livro, não pode ser completamente posta de lado.


Esquecendo novamente o Aspen, as relações entre as personagens são MUITO reais, e MUITO bem trabalhadas, não só de Maxon com America, como America com as suas aias, com as outras concorrentes... até America com Aspen teve uma melhoria do primeiro volume para este, apesar de não ter sido muito significativa (pelo menos ao ponto de ganhar qualquer tipo de empatia por Aspen, e eu até queria).  America por vários momentos me irritou neste livro, quis bater-lhe, agredi-la, dar-lhe cinco chapadas na cara para ela acordar para a vida, parecia que o cérebro dela teve alguns bloqueios ao longo de livro, decidiu deixar de trabalhar, foi de férias não sei para onde, mas lá não estava! Pelo menos espero eu, porque jessus, nalgumas situações se ela pensa daquele modo com um cérebro funcional, vai ao médico querida. Maxon evoluiu muito, apesar de também ter um macaco dançante na cabeça dele (nas duas cabeças) nalgumas das decisões que toma, eu gostei mais dele neste livro. 

 Gostei do desenvolvimento das personagens secundárias, não se limitam a encher espaço, realmente fazem falta e tem o seu papel na história, quer sejam as outras raparigas da Elite, quer seja o Rei e a Rainha ou até mesmo as aias. Não dou mais, porque o Aspen merecia e tem de ser mais trabalhado, para ter sequer uma hispótese com America, ou deem-lhe outro propósito qualquer, mas a fazer de boneco insuflável a escaldar (ao seja, que ninguém quer entrar) é que não. A coerência da história é muito boa, mas no que toca à parte dos Rebeldes à algumas falhas para mim, não consigo compreender a sua atitude e até tal ser explicado, não consigo dar nota 10. 

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